Dedico este post à Lusinha, que me inspirou a escrever este texto, mais como forma de desabafo do que como conteúdo do blog, propriamente dito.
Doi ouvir das pessoas que você gosta que você é um fracasso e que não tem noção das coisas que fala ou faz. Eu nunca demonstrei ser alguém que eu não sou, sempre fui sincera e verdadeira com tudo e todos e não sou adepta da mentira. Até porque mesmo que eu quisesse, eu não conseguiria; eu não sei mentir. Nunca falo ou faço algo se sei que aquilo vai magoar alguém e tenho orgulho de dizer que, por anos, tenho me esforçado para não fazer parte de qualquer tipo de briga, porque acho que simplesmente não vale a pena.
Mas existem também algumas coisas bem claras na minha cabeça. Eu sei que por mais que algumas pessoas passem pela minha vida e tenham ido embora, elas jamais serão apagadas das minhas lembranças. Mesmo não estando mais presentes, elas sempre serão especiais para mim. E isso não interfere em nada no que eu sinto pelas pessoas que estão na minha vida agora. Eu nunca tive muitas pessoas em quem eu confiei plenamente, então as que conquistaram este nível continuarão sempre sendo listadas com uma estrelinha ao lado de seus nomes pelo resto da minha vida.
E qual é o problema em lembrar com carinho das pessoas que a gente gostou? Não é porque a pessoa não significa mais o mundo para mim, que eu vou desejar mal a ela. Cássios, Matheuses, Alessandros e Guilhermes se incluem nesta lista. Mas pô, estas e outras pessoas estiveram presentes em muitos momentos da minha vida, e apesar de nem tudo ter saído bem e termos passado longe de um final feliz, eu sempre vou me lembrar delas com carinho. Afinal, se elas fizeram parte da minha vida é porque elas eram especiais pra mim. E ainda são. De uma maneira mais “recordativa” agora, mas ainda existente.
É tão difícil entender isso? Entender que eu não posso (e nem quero) esquecer tudo o que aconteceu na minha até então e fingir que tudo que eu vivi, fatos que são responsáveis pelo o que eu sou hoje, não foi importante e significativo pra mim? Desculpa, mas isto não funciona comigo, portanto algumas coisas ainda me farão sorrir quando eu me lembrar delas. E isso não é ruim. Muito menos difícil de entender.
Insegurança? Falta de confiança em mim? É nestas horas que Biancas, Andrews, Robertas e Neivas entram em ação e escutam as minhas histórias infindáveis e confusas. Tento entender se eu fiz algo errado e busco conselhos, porque odeio ficar me sentindo mal ou fazendo alguém se sentir mal por coisas bobas. É pura perda de tempo brigar. Eu sei que algumas pessoas precisam de tempo para absorver as coisas (algumas precisam de tanto tempo que eu quase chego a perder a paciência), mas esta espera me deixa ansiosa e chateada, às vezes. E daí eu faço de conta que não aconteceu e evito ficar remoendo o que pode trazer mágoas. Se for melhor não ser lembrado, ok, terei isto em mente, mas também não é porque eu não estou falando que as coisas mudaram de figura. Entendido?
Então desculpa se às vezes saber destes detalhes não te faz bem. Desculpa se saber que tu não é a única pessoa especial pra mim te deixa chateado. Desculpa se a minha língua às vezes é maior do que o meu bom senso. Mas eu não sei ser diferente. Não sei esconder, não sei ser indiferente. Sou à flor da pele, me emociono com as pessoas e me apego fácil a elas. Sou mais coração do que razão, e tu sabe disso. Então desculpa se ser aberta e verdadeira não é compreensível. É intolerável. Eu sempre vi isto como um ponto positivo meu, e não o contrário. E se o que te incomoda é não saber que o que eu sinto por ti é maior do que qualquer obstáculo que a gente precise enfrentar (e se tu não sabe disso, dã, né?), então eu acho que tu ainda não me conhece bem e não entende o meu “funcionamento”. Nada que o tempo não resolva. Mas enquanto isso, faça-me um interrogatório se achar necessário, porque eu sou, sempre fui e sempre serei transparente.
Este texto foi escrito dia 3 de maio, pela manhã, em resposta a um acontecimento que me deixou bastante chateada no final de semana passado. Eu nem ia postar mais, mas acabei achando que como o texto estava pronto, que devia postar de uma vez. Tudo isso foi por causa de um post da semana passada, que foi tirado do ar para evitar maiores desentendimentos… Uma pena que um simples texto tenha levado a tudo isso! De verdade.